30/06/2010

Índice Glicêmico dos Alimentos!

O carboidrato é o nutriente que mais aumenta a glicemia, (100% dos carboidratos consumidos se convertem em glicose, 60% das proteínas ingeridas se convertem em glicose e 10% das gorduras ingeridas se convertem em glicose).

Os carboidratos são compostos formados por carbono, oxigênio e hidrogênio e são os maiores responsáveis pelo fornecimento de energia. São classificados como "simples" ou "complexos", de acordo com o grau de polimerização.

Os carboidratos simples são os monossacarídeos (frutose, glicose, galactose) e os dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose) e os carboidratos complexos são os polissacarídeos (amido, glicogênio).

Todos os tipos de carboidratos, ao serem digeridos, transformam-se em glicose, mas os seus efeitos fisiológicos não dependem exclusivamente do grau de polimerização, e sim, da capacidade de elevar a glicemia.

Pesquisadores canadenses em 1981 propuseram um novo sistema de se classificar os carboidratos através da resposta glicêmica ou do índice glicêmico.

O índice glicêmico (IG) a resposta glicêmica que o alimento promove em relação à resposta observada após consumo de um alimento de referência pão branco ou a glicose, os alimentos são classificados baseados em seu potencial em aumentar a glicose sangüínea. Através da análise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de carboidrato de alimento de referência.

Na primeira hora depois de uma refeição de alto índice glicêmico (início do período pós-prandial), a concentração de glicose pode ser o dobro da encontrada após uma refeição de baixo índice glicêmico, com os mesmos nutrientes e com mesma quantidade de calorias. Esta relativa hiperglicemia estimula a secreção de insulina e inibe a secreção de glucagon. Com isso, tem-se uma exagerada resposta anabólica que inclui maior captação de nutrientes, glicogênese, lipogênese e supressão da gliconeogênese e lipólise.

A ingestão de alimentos de baixo IG pode diminuir a secreção de hormônios contra-regulatórios proteolíticos como o cortisol, hormônio do crescimento e glucagon, estimulando a síntese protéica. Segundo alguns autores, a ingestão de alimentos de baixo IG tende a aumentar o teor de massa magra e a diminuir, significativamente, o teor de massa gordurosa corporal.

Os alimentos de baixo índice glicêmico são mais ricos em fibras e uma das teorias atesta que as fibras – sobretudo as fibras solúveis – favorecem uma maior distenção gástrica, o que leva a uma maior secreção de colecistoquinina (CCK). Sendo assim, por outra via, os alimentos de baixo índice glicêmico induzem a sensação de saciedade.

03/06/2010

1 Caloria = 1 Caloria

1 - 100kg de chumbo pesam a mesma coisa que 100kg de penas?
2 - Um carro a 100km/h está a mesma velocidade que uma tartaruga a 100km/hora?
3 - um navio de 100m tem o mesmo comprimento que 100m de palitos de fósforo?
4 - 100kcal de óleo engordam a mesma coisa que 100kcal que açúcar?

Se você respondeu SIM para todas as perguntas acima, está na hora de rever seus conceitos... Exceto para a pergunta número 4, para as demais, a resposta é obviamente que sim. Entretanto, 100kcal de óleo engordam MENOS que 100kcal de açúcar. Poderíamos ainda dizer que 100kcal de batatas fritas engordam mais que 100kcal de amoras, ou que 100kcal de pizza engordam mais que 100kcal de alface ou que 100kcal de arroz engordam mais que 100kcal de carne.

Onde está o mistério, o segredo destas diferentes "calorias"?

A diferença está no efeito metabólico gerado pelo alimento. Quando digerimos, cada tipo de nutriente gera um gasto energético diferente. Isto mesmo, para digerir, queimamos calorias. Assim, para digerir proteínas (carnes, ovos, peixes, aves, etc.) queimamos mais calorias do que para digerir alimentos onde predominam os carboidratos, como arroz, massa, batata, etc.). Na tentativa de digerir as fibras, o sistema gastrointestinal tb acaba "passando trabalho", o que resulta em nada ("muito pouco, na verdade, já que fibras têm apenas 1 a 2 kcal por grama, e assim, alimentos muito fibrosos, como as verduras folhosas por exemplo, podem até contar como calorias "negativas" já que podemos até perder calorias (gastamos mais do que ganhamos) ao comê-las.

Pois é... Observe então aquelas pessoas que "n-ã-o c-o-n-s-e-g-u-e-m e-m-a-g-r-e-c-e-r"!!! No prato delas, em geral, pequenas quantidade de folhas, poucas quantidade de proteína, quase nada de gordura, e um boa porçãozinha de carboidratos (arroz com feijão ou batatas, por exemplo). Tudo em nome das poucas calorias, e do prazer à mesa. Entretanto, o resultado: ZERO. Poucas calorias, pouco emagrecimento. Aliás, sabem qual a primeira resposta do corpo quando percebe que você está comendo MENOS calorias? GASTA MENOS!!

Outro aspecto interessante desta questão "caloria", é o aspecto "informacional". Quando comemos, estamos enviando às nossas células conjuntos de informações. Refeições são pacotes de informações. O que comemos ao longo de um dia, é uma "redação". E como qualquer outra, pode ser bem ou mal escrita.

Quando você acorda e não come, passa para seu corpo a informação de que existe "escassez". O resultado é uma queda na sua taxa metabólica basal, ou seja, seu corpo passa a gastar menos calorias para se preparar para a escassez de alimento, já que você acordou e ele entende que você precisará caminhar muito, coletar, caçar, etc... até encontrar alimento e calorias para se manter...

Quando come alimentos refinados, imagine seu corpo "olhando" aquele alimento chegando e "pensando": "onde estão os mais de 700 carotenóides? onde estão as centenas de flavonóides? onde estão aquelas vitaminas do complexo B que estavam aqui e servem para eu transformar isto aqui em energia útil? onde estão as saponinas, ligninas, celulose, gomas, pectina, hemicelulose, terpenos, triglicerídeos, tocoferóis e tocotrienóis que costumam acompanhar este alimento? e os aminoácidos, porque não estão chegando?

"Bom, vou armazenas isto por aqui mesmo, neste tecido adiposo (gordura) e esperar para ver o que vai ocorrer depois..."

Mas depois do pão francês, vem a barra de cereal, e depois o arroz branco ou o purê de batatas, e depois um salgado "assado", bem saudável, e de noite, ninguém é de ferro, e até por que "jantar engorda", um sanduichinho de pão integral, claro!!

Mas você não percebe que ao final do seu dia, as únicas informações que você passou ao seu corpo são "acumule, acumule, acumule...." e nunca passa "gaste, queime, gaste"!!!

Poderíamos ainda explorar a questão "insulina", e o quanto dela é liberada após estas refeições refinadas, e sua sinalização para acúmulo.

Bom, meditem sobre o tema e mudem!!!

Por Gabriel de Carvalho
 

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