28/05/2010

De olho na Osteoporose!!

A osteoporose caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas.
Homens e mulheres atingem o pico de massa óssea por volta dos 30 anos, e a partir dos 40 anos começam a perder massa óssea, sendo que esta curva descendente se acentua por volta dos 50 anos nas mulheres (menopausa) e a partir dos 60 anos nos homens. Cuidados na alimentação ao longo de toda vida são importantes para evitar a osteoporose. Queria chamar a atenção do leitor para importância do nutriente boro. O boro tem 3 papéis fundamentais quando o assunto é osso.
1º - Reduz a excreção urinária de cálcio, mantendo a calcemia normal, o que favorece o depósito de cálcio no osso.
2º - O boro aumenta a ativação da enzima hidroxilase renal, necessária para transformar a vitamina D na sua forma ativa. A vitamina D é a responsável pela deposição de cálcio no osso e pela absorção do cálcio no intestino.
3º - O terceiro mecanismo é hormonal, pois o boro pode ajudar a aumentar a quantidade de hormônios femininos e masculinos, porque ajuda na conversão de pregnenolona a 17 alfa-hidroxipregnenolona, que dará origem ao DHEA, estradiol, testosterona, entre outros, hormônios fundamentais para manter a massa óssea na terceira idade.

Boas fontes de boro: sementes oleaginosas, pepino, beterraba, cogumelo, germen de trigo, pêssego e uva.

21/05/2010

Efeitos fisiológicos dos probióticos!!

1- Inibição de bactérias intestinais indesejáveis; isto pode ocorrer por produção de substâncias bactericidas. Os lactobacilos podem produzir peróxido de hidrogênio, substância inibidora da Escherichia coli, salmonela etc. Adesão à mucosa e multiplicação; este termo se refere à capacidade dos probióticos de aderirem nas vilosidades intestinais competindo e inibindo a fixação de patogênicos, como por exemplo, escherichia coli. A adesão não ocorre com todos os probióticos, segundo Bengmark e col parecendo ser verdadeiro somente para o lactobacilos Plantarum 299. Presença sem adesão à mucosa; para que isso ocorra é necessário que a ingestão do probiótico seja contínua pois sua suspensão não garante permanência no cólon por um logo período.
2 – Ativação da imunidade humoral e celular; os Lactobacilos acidófilos, bulgárico e casei aumentam a atividade fogocitária, a síntese de imunoglobulinas (IgA) e a ativação de linfócitos T e B.
3 – Aumento da digestibilidade da lactose; os Lactobacilos produzem a enzima beta galactosidade facilitando a digestão da lactose. O papel da população bacteriana intestinal sobre à saúde do nosso organismo é aceito. A manutenção do equilíbrio da flora intestinal é de extrema importância. Neste sentido a alimentação assume influência através da ingestão de alimentos que proporcionem o desenvolvimento no intestino de bactérias saudáveis e morte das bactérias indesejáveis. Os frutooligosacarídeos (FOS) e os probióticos tem esta função e o consumo destes nutrientes deve ser estimulados. Deve-se dar atenção ao fato de que uma vida saudável está relacionada não somente com os alimentos que são ingeridos, mas que faz parte de todo um contexto, o estilo de vida, a hereditariedade e a interferência do meio ambiente tem cada qual seu peso. Fator que é de suma importância para que os alimentos funcionais não sejam considerados alimentos milagrosos.

18/05/2010

REFÉNS!!!

"A modificação que se deu na humanidade deste as décadas de 50-70 impressiona. Neste período, aproximadamente, deu-se a introdução do uso de agrotóxicos e fertilizantes nas plantações em todo o mundo, com o objetivo alegado de aumentar a produção de alimentos e acabar com a fome da crescente população do nosso planeta. No Brasil, a "Revolução Verde", como foi chamada, me parece ter ocorrido na década de 70, mas em outros países iniciou-se no período que se seguiu a segunda guerra mundial.
Entretanto, um pequeno detalhe parece ter sido esquecido: pessoas passam fome não exatamente por falta de comida, mas por falta de dinheiro para comprá-la. Uma obviedade. Não sejamos ingênuos, é obvio que aqueles que promoviam a "Revolução" para erradicar a fome, sabiam disto. Também os governos dos países.
Mas que interesses moveram esta revolução? Quem recebeu dinheiro de quem para permitir que esta "enganação" fosse propagada popularmente, com amplo e irrestrito apoio? Bom, não sei. Sei que também nesta segunda metade do século 20 ampliou-se a oferta de alimentos refinados, cujo grande benefício para a indústria era:
1 - mostrar algo "diferente", quem sabe "industrializado" que parecesse "moderno" e melhor?
2 - aumentar a vida de prateleira dos produtos nos mercados, fazendo com que as perdas sejam menores e assim, os lucros maiores.
Assim, começamos a comer arroz polido (ou branco), sal refinado, farinha de trigo refinada, açúcar refinado, como o padrão. As técnicas de refino haviam sido introduzidas com o início da revolução industrial, na época de 1860, mas a escala de distribuição só alcançou proporções mundiais com a expansão mundial e dentro dos países da infraestrutura de transporte, a melhora das tecnologias, difusão da energia elétrica, etc... o que só correu de forma intensa no século 20, em especial a partir do pós segunda guerra.
No início do século passado, entretanto, a idéia de que não comer algo pudesse nos deixar doente era inconcebível. Sabia-se que comer algo, uma bactéria, algo contaminado ou algo contendo toxinas, por exemplo, era o que se sabia (até por que nesta época, tudo que se comia era integral....).
Aos poucos foram descobertas as doenças deficitárias, como beriberi, pelagra (ligadas a deficiência de vitaminas B3 e B1), onde animais que foram alimentados com cereais refinados manifestaram de forma inequívoca estas doenças. Foram identificadas também xeroftalmia, raquitismo, escorbuto - todas doenças ligadas a falta de um único nutriente. O que passa é que estas doenças raras não tiveram sua incidência aumentada.
Mas doenças antes praticamente desconhecidas, como a câncer, diabetes, demência e doenças cardiovasculares, bem como a obesidade, começaram a aumentar de forma lenta e gradual a partir desta mudança nos consumo de alimentos.
Não se pode deixar de notar que a forma como nos locomovemos mudou completamente. Não existiam o carro nem televisão. As pessoas caminhavam, andavam de bicicleta, conversavam mais entre elas.. Já tentou imaginar você vivendo sem carro, sem televisão, sem celular.
Se quisessem falar com fulana, tinha que pegar a bicicleta ou o cavalo, ou a pé e ir até ela!!
Bom. Hoje tenta-se parar a epidema que é evidente, com pílulas, com fármaco, que também não existiam naquele período! Não se esqueça que cada problema tem uma causa, que somente corrigindo a causa específica, é que tal problema será corrigido de forma definitiva. Outras "soluções" serão apenas paliativas.
Dito isso, qual é a solução proposta?
Coma os alimentos como os que tínhamos até a 60 anos atrás ou antes, como seus genes os conhecem e estão adaptados: frutas, verduras, legumes, sementes, carnes, raízes. Elimine o que puder de farinhas, grão refinados, açúcar, sal refinado. Estes não são alimentos, são produtos alimentares.
Alimentos nutrem, contém nutrientes, que informarão a sua célula como queimá-los de forma eficiente, como te dar energia, saúde, força, disposição... Produtos alimentares chegarão a célula, incompletos (refinados), intoxicados (pelos fertilizante, agrotóxicos e embalagens).
Precisa ser radical? Precisa se privar de "tudo o que há de bom"? Depende de você, depende de seus objetivos, quanto melhor fizeres, melhore será o resultado. Quanto pior estás, melhor terá de fazê-lo para ter resultado. Qualquer mudança que faça, já é melhor do que dizer "é impossível, não dá pra viver assim sem um prato de massa, um sanduíche, uns biscoitos...."
Estes alimentos precisam ser a EXCEÇÃO, e não a regra. Aí estarás no caminho certo.
Bom, por hoje era isso. Não sejam reféns, não se façam reféns. Busquem a liberdade definitiva."


Por Gabriel Carvalho (Nutricionista Funcional)
 

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